Na primeira, Sara é  uma egípcia que foi empregada de Maria Salomé e Maria Jacobina (mães de São Jaime e São João e parentes de Maria Madalena), e sempre as acompanhava nas suas viagens. Certo dia, após uma tempestade, Sara guiou-as  até uma praia distante, valendo-se das estrelas...  Na outra história, bem mais interessante e conhecida também, conta que Sara era uma cigana que estava acampada na paia, quando o bote das santas (Maria Salomé e Maria Jacobina) se aproximou.Sara nasceu nobre e era chefe da tribo que havia acampado sobre os bancos de areia na foz do rio Reno. Nessa época, os Rom (ciganos) praticavam uma religião politeísta, e uma vez por ano, conduziam a estátua de " ISHTARI"(ASTARTE) até o mar para receberem as bênçãos da deusa. Um dia, Sara teve  uma visão, na qual, foi informada sobre a chegada das santas que presenciaram a morte de Jesus e da incumbência que teria em ajudá-las. A cigana foi para beira da praia onde avistou um barco que se aproximava. No entanto, o mar estava agitado, e logo o bote começou a naufragar. Sara lançou imediatamente suas vestes sobre as ondas, improvisando uma corda com elas e nadou até o local do acidente. As Santas se ampararam nessa corda e assim, Sara pôde conduzí-las sãs e salvas até as areias daquela praia.

Ainda existe uma estátua de Sara no local onde se supõe que as duas Marias aportaram, exatamente na cripta da Igreja SAINTES  MARIES  de la MER, que  fica na ilha de Camargue, na foz do rio Reno. Todo ano, milhares de ciganos fazem uma peregrinação a essa igreja. Parte dos peregrinos chega neste localna na manhã de vinte e cinco de Maio. Uma gigantesca procissão encaminha-se até o mar, onde a estátua é simbolicamente submersa.